quarta-feira, 30 de abril de 2008

Serenidade

__ Qual é o segredo da sua serenidade?
E o Mestre disse:
__ A irrestrita cooperação com o inevitável.

(A. de Mello, Verdades de um minuto)

domingo, 27 de abril de 2008

Exposição (Violência? Dá-lhe a volta...)


Segunda-feira (28 de Abril) conforme o plano de actividades de EMRC, vai estar patente no átrio da escola uma exposição sobre a violência; o tema é tratado a partir de textos bíblicos e levanta questões que englobam a relação entre violência, religião, intolerância, poder e xenofobia. Espero que seja uma oportunidade para se falar do tema e tentar reflectir sobre atitudes que podem ou não levar à violência. Penso que todos podem aproveitar, pois para lá das referências bíblicas o tema pode ser abordado de muitas formas. Visitem-na com olhos de Paz. Deixo aqui o belo hino da Paz de S. Francisco de Assis, que pode ser um ponto de partida e continua mais actual do que nunca:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Não vos deixarei órfãos

Evangelho – João 14, 15-21 (Sexto Domingo da Páscoa)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor,
para estar sempre convosco:
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis,
porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá,
mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai
e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre,
esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai
e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».

sábado, 26 de abril de 2008

Este é um blogue com preocupações sociais.




Arranja-me um Emprego

Tu precisas tanto de amor e de sossego
- Eu preciso dum emprego
Se mo arranjares eu dou-te o que é preciso
- Por exemplo o Paraíso
Ando ao Deus-dará, perdido nestas ruas
Vou ser mais sincero, sinto que ando às arrecuas
Preciso de galgar as escadas do sucesso
E por isso é que eu te peço
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Se meto os pés para dentro, a partir de agora
Eu meto-os para fora
Se dizia o que penso, eu posso estar atento
E pensar para dentro
Se queres que seja duro, muito bem eu serei duro
Se queres que seja doce, serei doce, ai isso juro
Eu quero é ser o tal
E como o tal reconhecido
Assim, digo-te ao ouvido
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Sabendo que as minhas intenções são das mais sérias
Partamos para férias
Mas para ter férias é preciso ter emprego
- Espera aí que eu já lá chego
Agora pensa numa casa com o mar ali ao pé
E nós os dois a brindarmos com rosé
Esqueço-me de tudo com um pôr-do-sol assim
- Chega aqui ao pé de mim
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Se eu mandasse neles, os teus trabalhadores
Seriam uns amores
Greves era só das seis e meia às sete
Em frente ao cacetete
Primeiro de Maio só de quinze em quinze anos
Feriado em Abril só no dia dos enganos
Reivindicações quanto baste mas non tropo
- Anda beber mais um copo
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego...

Sérgio Godinho

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Deixem passar...



Como já sabem este blogue é dos alunos do 9º Ano de EMRC, contudo esqueci-me de referir que é também do professor, no sentido em que o que aqui se publica diz respeito tanto aos alunos como ao professor na sua interacção educativa. Vem isto a propósito do poema que a seguir dedico (como nota pessoal) ao professor e meu amigo Artur (da nossa Escola) para que sinta que a Amizade e a Fraternidade não são palavras vãs, principalmente nos momentos mais difíceis. E este blogue deve fazer ponto de honra desses valores:


SANTO E SENHA


Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar
Quem vai cheio de noite e de luar.
Deixem passar e não lhe digam nada.

Deixem, que vai apenas
Beber água de sonho a qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe, ali defronte.

Vem da terra de todos, onde mora
E onde volta depois de amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora

Que vai cheio de noite e solidão.
Que vai ser
Uma estrela no chão.

Miguel Torga, Diário I.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conversa amena sobre Miguel Torga com o 8ºE




Hoje estive com a malta do 8º E a falar sobre Miguel Torga. O convite foi-me dirigido pela fantástica professora e minha amiga Maria João Silvestre; como devem calcular fiquei surpreendido e assustado, mas também senti uma grande responsabilidade, pois a minha sabedoria (?) ao pé da sapiência da professora Maria João é como comparar o Mestre Iluminado com o discípulo iniciado. Por outro lado quando se trata de falar com os alunos sobre aquilo de que gostamos, não só temos o dever, como a extraordinária oportunidade e privilégio de os incentivar a conhecer tudo o que merece a pena e em que acreditamos. Não sei se foi o caso ou se o consegui, mas o que é certo é que aquele pessoal, além de ser simpático, até tem alguma curiosidade em descobrir novos caminhos e ir mais além. Espero que tenham a curiosidade suficiente para saber que um escritor pode ser uma extraordinária voz fraterna. Assim acredito que é o caso de Torga. Gostaria de ter o dom da palavra mais aperfeiçoado para melhor o ter transmitido, mas Moisés também não falava muito bem e mesmo assim Deus escolheu-o para ir falar ao faraó e libertar o seu Povo do Egipto (coisa que até fez relativamente bem). Que querem?! A professora não conseguiu arranjar outra pessoa disponível para aquela hora! Como me ofereceram este poema "Brinquedo" do Diário I, assinado por todos e numa folha tão bonita (clicar na imagem para a aumentar) desta vez vou abrir uma excepção e perdoar o "cachet" de 50 mil euros que tinha combinado com a professora Maria João (que sabe escolher e recitar poemas magistralmente). Muito obrigado a todos pela simpatia e paciência e pelo voto de confiança. Ad multos annos e não se esqueçam: "pelo sonho é que vamos"...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Da Educação







A jovem mãe perguntou quando deveria iniciar
a educação da sua filha.
_ Quantos anos tem ela? _ Perguntou o Mestre.
_ Cinco.
_ Cinco?! Corra para casa. Já está cinco anos
atrasada.

(Anthony de Mello, Verdades de um minuto)

domingo, 20 de abril de 2008

Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

Evangelho – João 14, 1-12 (Quinto Domingo da Páscoa)*

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos um lugar e virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse- Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?»Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará ainda maiores que estas, porque Eu vou para o Pai».


* Na Paróquia da Venda do Pinheiro,
Celebração Eucarística em Louvor de
Nossa Senhora das Misericórdias pelos
5 Anos da Santa Casa da Misericórdia
da Venda do Pinheiro (S.C.M.V.P.)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

AcrossTheBible


Na sexta-feira passada os alunos do 9º ano (EMRC) participaram numa actividade intitulada "AcrossTheBible", dinamizada pela professora Teresa Fernandes da escola Secundária D. Dinis.
"O projecto internacional AcrossTheBible teve origem na Dinamarca com o fim de levar alunos europeus a reproduzirem, em inglês, as grandes linhas de força da Bíblia em texto e em desenho. Tem por fonte de inspiração plástica uma colecção de pinturas modernas do artista dinamarquês Edward Jensen que, em traços simples, reproduzem as narrativas centrais da Bíblia reconstituindo o seu tema central". Assim, a professora Teresa, representante do projecto AcrossTheBible - Portugal, deslocou-se à nossa escola (a convite da professora Conceição Berrad e do professor de EMRC) para contar e dramatizar com os alunos a passagem bíblica dos "discípulos de Emaús" (sempre em Inglês) - Luke 24, 13-35. De início ficaram um pouco surpreendidos (por causa do Inglês - era surpresa!) mas depressa interagiram com a nossa "contadora" e se deixaram entusiasmar com a sua eloquência. No final, e como sempre, fizeram desenhos sobre aquilo que ouviram. Se for possível publicaremos aqui alguns desses desenhos, que até nem ficaram nada mal, dado o pouco tempo disponível para realizar esta interessante actividade. Muito obrigado e parabéns a todos os alunos que participaram e, muito especialmente, à professora Teresa.
Se quiserem saber mais sobre este projecto, cliquem aqui.

O discreto charme da morte.

Coloco aqui, e a seguir, um artigo de Vasco Pulido Valente (Público) porque me parece que uma sociedade com tanto medo e vergonha da morte é uma sociedade que, provavelmente, não está a viver bem ou que deixou de olhar para a vida como um lugar do sagrado. Julguem por vós próprios.
POMPAS FÚNEBRES

«Como qualquer arqueólogo sabe, a maneira como se tratam os mortos diz muito sobre os vivos. Já aqui falei do fascínio da cultura da imortalidade em que vivemos, pela visão crua do cadáver: um fascínio em princípio absurdo, mas no fundo inteiramente lógico. Agora aparece em Portugal, como um eco deformado e distante de Evelyn Waugh, o enterro de luxo. O primeiro serviço abriu em Elvas (para explorar o mercado espanhol) e é anunciado como um hotel de cinco estrelas, num panfleto que o DN publicou. O "complexo" da Servitur (nome da empresa) é um "espaço" rico e agradável, "onde predominam os sofás de pele e o interior de madeira" e que oferece confortos como lojas (de quê, meu Deus?), telefone, computadores, ligação à Internet e, principalmente, ecrãs de plasma (suponho que para o CSI e a A Patologista). Cá fora, uma paisagem "arranjada", com oliveiras, pequenas pedras brancas, espelhos de água, relva muito verde e "um horizonte natural a perder de vista", traz "tranquilidade e paz". Melhor ainda: as crianças têm um sala especial com televisão, legos, PlayStation e "pinturas".
Tudo isto se destina, como nota argutamente o director da Servitur, a atrair a família e os conhecimentos do "ente querido". O velório deixa de ser uma maçada e passa a ser uma festa. Pena que a Servitur não forneça também um restaurante e quartos. Se fornecesse, a morte de um "ente querido" começava com certeza a entrar no calendário social. Tanto mais que a Servitur pensou, e pensou bem, que as pessoas, não o querem aturar - ao morto, como é óbvio. Neste admirável arranjo "funerário", "o caixão nunca se cruza com os presentes", cujo convívio por isso não perturba. Circula para a capela e o crematório por "um corredor de apoio", estritamente reservado a funcionários. Mesmo no velório, o morto fica numa sala discreta, "climatizada" a cinco graus centígrados e com paredes de vidro, onde a assistência só entra se lhe apetecer. E na Sala da Última Despedida, a do crematório, um vidro "fosco" põe a operação numa discreta penumbra. Nada deve abalar o repouso dos vivos. Apenas, para almas de uma delicadeza rara ou de irreprimível inclinação turística, a Servitur fabrica diamantes com os cabelos do "ente querido" em várias cores de requintado gosto (âmbar, amarelo canário, verde e azul). Com esta extraordinária sofisticação, a Servitur transformou a morte - pelo menos, do próximo - num acontecimento banal. A morte da Servitur é o retrato da dessacralização da vida.»
V.P.V., Público - 12.04.08.

domingo, 13 de abril de 2008

O Bom Pastor



Evangelho - João 10, 1-10 (Quarto Domingo da Páscoa)

Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador.Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. 0 porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».
Imagem: O Bom Pastor, Catacumbas de Stª. Priscila (Roma, sécs. II-III E. C.).

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Divórcio Simplex

Eu não queria parecer cínico, mas esta modernice do "divórcio na hora" pode mesmo ser uma questão de vida ou morte para as "partes mais frágeis".

quinta-feira, 10 de abril de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

A Páscoa



Olá, eu sou a Débora e gostaria de partilhar convosco um bocadinho da minha experiência no Caminho Neocatecumenal. Se quiserem saber mais acerca deste movimento podem ver aqui e, ainda, aqui.
Como ainda estamos no tempo pascal, vou explicar brevemente a origem e significado da Páscoa, bem como as letras de dois cânticos entoados na Vigília Pascal:

Há muitos anos atrás, o povo de Israel saiu do Egipto, atravessou o deserto e Moisés abriu o Mar Vermelho, para que este povo, o eleito do Senhor, pudesse fugir dos egípcios, que os escravizavam; este povo desiludiu o Senhor inúmeras vezes, mas Ele sempre os amparou e lhes deu mais uma oportunidade. Como tal, fez com que este povo entrasse na Terra Prometida, um desejo de um povo tão escravizado.
Foi com esta saída do Egipto e passagem do Mar Vermelho, que nasceu a Páscoa, ainda hoje celebrada, por este motivo, pelo povo judaico.
Páscoa significa, para os israelitas, exactamente isso: passagem. Passagem da escravatura para a liberdade, da tristeza para a alegria.
E todos os acontecimentos vividos pelo povo de Israel são retratados num cântico chamado "Dajenu", cântico este que é cantado na Vigília Pascal, relembrando as maravilhas deste grande acontecimento.


DAJENU


DE QUANTOS BENS NOS ENCHEU O SENHOR (4x)

Se Cristo nos tivesse feito sair do Egipto,
e não tivesse feito justiça contra o Faraó.


ISSO NOS TERIA BASTADO, NOS TERIA BASTADO,
DAJENU, DAJENU, DAJENU.

(...)
Se nos tivesse aberto o mar
e não tivesse afundado os nossos opressores


ISSO NOS TERIA...

(...)
Se nos tivesse aberto um caminho no deserto
e não nos tivesse alimentado com o pão da vida.


ISSO NOS TERIA...

(...)
Tanto mais devemos dar graças ao Senhor. (4x)
Que nos fez sair do Egipto. (bis)
Que fez justiça contra o Faraó.
Que nos libertou de todos os inimigos.
Que nos entregou as suas riquezas.
Que abriu o Mar para nós.
Que afundou os nossos opressores.
Que nos abriu um caminho no deserto.
Que nos alimentou com o pão da vida.
Que nos deu o dia do Senhor.
Que nos deu a nova aliança.
Que nos fez entrar na Igreja.
Que construiu em nós o seu templo
e encheu-o do seu Santo Espírito
no perdão dos pecados.
Cristo nossa Páscoa está ressuscitado (4x)
Aleluia, Aleluia. (bis)
Aleluia, Aleluia, Aleluia. (4x)

Como se diz no final do Cântico, é a Ressurreição de Cristo que dá um novo sentido à palavra Páscoa. Passou a significar passagem da morte para a vida, não só da morte espiritual, mas também da morte corpórea. É esta boa-nova que com alegria anunciamos, que Cristo, que nasceu da Virgem Maria, sem pecado original, que foi condenado e crucificado, que foi anunciado por profetas, durante muitas gerações e veio ao mundo para que tudo o que estava nas Escrituras se cumprisse Nele, RESSUSCITOU de entre os mortos, para dar a vida aos pecadores e oprimidos. Para dar a vida a cada um de nós.
Em Cristo, a morte foi vencida e isto é a nossa Páscoa.
O cântico seguinte mostra a alegria dos cristãos pela Festa da Ressurreição de Cristo.


RESSUSCITOU


RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, ALELUIA.
ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, RESSUSCITOU.

A morte,
onde está a morte?
Onde está a minha morte?
Onde a sua vitória?

RESSUSCITOU...

(...)
Alegria.
Alegria, irmãos,
que se hoje nos amamos
é porque ressuscitou.

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA. RESSUSCITOU.
RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, ALELUIA.

Débora Baltasar, 9º D, nº 3.

domingo, 6 de abril de 2008

Fica connosco, Senhor, porque anoitece.


Evangelho - Lucas 24, 13-35 (Terceiro Domingo da Páscoa)

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Martin Luther King: "I have a dream".

A 4 de Abril de 1968, há quarenta anos atrás, era assassinado Luther King. Morreu o homem, ficaram as obras e as palavras:


"Não nos deixaremos afundar no vale do desespero.
Digo-vos, meus amigos, mesmo que tenhamos de enfrentar
as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho.
Um sonho que mergulha as suas raízes mais profundas no
sonho americano. Tenho o sonho de que esta nação acabará
por se erguer e viver o significado autêntico do seu credo
- termos por verdade evidente que todos os homens foram criados
para serem iguais. Tenho o sonho de que nas rubras colinas da
Geórgia os filhos dos antigos escravos e os filhos dos
antigos proprietários de escravos possam sentar-se
juntos à mesa da fraternidade. Tenho o sonho de que até o
Estado do Mississipi, um Estado asfixiado pelo calor da injustiça,
asfixiado pelo calor da opressão, se transformará num oásis de liberdade e justiça.
Tenho o sonho de que os meus quatro filhos pequenos vivam num
país em que não sejam julgados pela cor da pele mas pelo seu carácter."

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Karol Wojtyla (Wadowice 18.05.1920 - Vaticano 02.04.2005)


Lolek, Karol Wojtyla, João Paulo II - três nomes, uma mesma pessoa. De nacionalidade polaca, eleito papa em 16 de Outubro de 1978, inicia solenemente o seu pontificado com as célebres palavras «Não tenham medo».
Globe-trotter de Deus, percorre o mundo inteiro passando por cerca de 130 países (6,4 % do tempo do seu pontificado em viagens - três vezes a distância entre a Terra e a Lua) pronunciando mais de 3200 discursos (15 milhões de palavras).
A vitalidade, o carisma e a habilidade do novo papa diante das câmaras fascinam a imprensa; na altura escreve-se no Le Monde «o papa tornou-se a vedeta do momento. Rei, presidente, cantor de rock, ídolo dos estádios, estrela de Hollywood: ninguém ousa rivalizar com ele». The Economist comenta «tal magnetismo é poder». Alvo de um atentado em Roma a 13 de Maio de 1981, salva-se graças a uma menina (Sara Bartoli) que segurava nos braços; inclinando-se para a devolver à sua mãe, os tiros que recebeu não atingiram orgãos vitais. Mais tarde atribuirá a sua salvação à Virgem de Fátima, oferecendo uma das balas que o atingiram ao Santuáro de Fátima, depois colocada na coroa de Nossa Senhora, por quem tinha grande devoção (Totus tuus). O autor do atentado foi Ali Agca a quem o papa visitou na prisão, perdoando-lhe o seu acto. Os jovens eram uma das suas paixões e preocupações. Já perto do final da sua vida era nas Jornadas Mundiais da Juventude que encontrava alento e alívio para as dores físicas que, visivelmente, o atingiam e enfraqueciam. Os jovens correspondiam ao seu apelo e sempre acorreram às centenas de milhar a estes encontros especiais com o papa, em diferentes cidades do mundo. Foi sem dúvida um papa controverso, mas não deixou ninguém indiferente.
Em 1985 na Carta Apostólica aos Jovens, por ocasião do Ano Internacional da Juventude escreve:
«O trabalho característico do tempo da juventude, constitui, primeiro que tudo, uma preparação para o trabalho da idade adulta, e por isso anda ligado à escola. Por isso, ao escrever-vos estas palavras, a vós jovens, penso em todas as escolas existentes em qualquer latitude no mundo, às quais a vossa jovem existência está ligada durante vários anos, sucessivamente em diversos níveis, de acordo com o grau do desenvolvimento mental e com a orientação das inclinações: desde as escolas elementares até às universidades. Penso também em todas as pessoas adultas, meus irmãos e irmãs, que são os professores, educadores e orientadores das vossas mentes e caracteres juvenis. Como é grande a sua nobre tarefa! E que responsabilidade particular lhes incumbe! Mas como é grande também o seu mérito!»
Destaquei esta última frase porque, hoje em dia e na minha opinião, há por aí algumas pessoas a quem não faria mal nenhum ler e reflectir sobre estas palavras.
«NÃO TENHAM MEDO».
Foto: Le Point.