sábado, 7 de junho de 2008

ALPHA et OMEGA


E aqui estão os donos do blogue. São os alunos das turmas D/B (primeira foto) e A (segunda foto). E desde já lhes dou os parabéns por serem os vencedores do concurso de blogues lançado no âmbito do Programa de Actividades do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso - Lisboa para o ano lectivo 2007/2008. Recebemos a notícia, com júbilo, pelo Director do SDER, Pe. Dr. Paulo Malícia. Obrigado pela atenção.


Todas as "viagens" têm um princípio e um fim (alfa e omega) e a nossa, feita através das "páginas" deste blogue, tem aqui o seu fim. Foi uma viagem cheia de belas paisagens e pessoas conhecidas e desconhecidas, que encontramos aqui e ali e com quem convivemos e interagimos dum modo diferente, mas nem por isso virtual. Foi um convívio bem real e de coração aberto.

A todos os amigos e leitores que por aqui passaram, mesmo para uma pequena visita, agradecemos a amizade e a confiança, pois para nós esta foi, essencialmente, uma forma de

COMUNICAR, INTERAGIR, EDUCAR.

A vida continua... Cheia de apelos, desafios e novos projectos... Talvez nos voltemos a encontrar num computador perto de si ou mesmo na escola, na igreja, na rua, numa festa ou lugar improvável onde a vida, a esperança e a alegria do encontro acontecem...

(Ontem, com a Noite de Gala dos alunos finalistas do nono ano, cumpriu-se uma etapa importante na vida e formação destes jovens que em interacção com todas as pessoas da nossa comunidade escolar aprenderam, ensinaram, riram, choraram, amaram, desesperaram e voltaram a esperar. Que as suas vidas sejam setas projectadas para o futuro e para uma vida plena de identidade e significado, sem concessões de nenhuma espécie àquilo que nos pode levar a uma vida sem sentido. A partir daqui todos os sentidos são possíveis, mas sem esquecer que temos um irmão mais velho à nossa espera na Casa do Pai. Mesmo que sejamos filhos pródigos!)

A nossa peregrinação desde o Alpha até ao Omega conhecerá outras etapas e caminhos onde seremos compagnons de route...

Ad multos annos! Para todos vós:


SHALOM ALEIKHEM!

«E Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo». (Mateus 28, 20).

terça-feira, 3 de junho de 2008

Deus é Humor

O prof. Artur (que já conhecemos do intergalacticrobot) enviou-me por correio electrónico (vulgo e-mail) um slideshare sobre humor e religião. Pois é, Deus é Amor (como diz S. João) mas também é Humor, porque o nosso Deus é o Deus da suprema alegria e da subtil ironia. Lembram-se de Isaac? Sabem que o seu nome significa "aquele que ri"? Sabem porquê? Ah! não sabem! Então vão a Génesis 18, 9-15 e descubram com os vossos próprios olhos e inteligência da fé. Ou queriam a papinha toda feita? Ler é preciso (sim, a Bíblia também); com humor, sensibilidade e sobretudo coração atento. Obrigado ao prof. Artur pela partilha e pelo seu humor subtil. Não levem a mal e divirtam-se, até porque há perguntas a que o Google não consegue responder!


domingo, 1 de junho de 2008

Edificar a casa sobre a rocha


Evangelho–Mateus 7,21-27
(9º Domingo do Tempo Comum-Ano A)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’ Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Na paróquia da Venda do Pinheiro: Celebração do Crisma presidida por D. Anacleto Oliveira (antigos e actuais alunos da nossa escola como protagonistas. Foi bonito. Que a sua casa seja edificada sobre a rocha firme).

sábado, 31 de maio de 2008

Jesus loves you

(Recebida por e-mail)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Árvore que Sabia Dar-se

Uma história sobre a amizade sem condições, que é ao mesmo tempo uma lição de consciência ecológica! Baseada no clássico infantil de Shel Silverstein (1930-99) A Árvore Generosa (1964) editado, entre nós, pela Bruaá.


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Coisas que há que não há


Uma coisa que me põe triste
É que não exista o que não existe.

(Se é que não existe,
e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há,
bichos que houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão bonitas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num lugar onde só eu ia…
Poema seleccionado por Maria Mariana, 9.ºB
O pássaro da cabeça de Manuel António Pina. Edições quasi.
Livro existente no Centro de Recursos. Cota: 82-I PIN.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mito e Realidade: a linguagem simbólica

A propósito do touro alado de S. Lucas ( da Basílica de Mafra) troquei uns breves comentários com o prof. Artur acerca do significado de símbolo e linguagem simbólica. Como na escola o tempo não é muito para grandes conversas (imaginem como será quando tivermos de preencher 380 mil fichas de avaliação de desempenho!) decidi postar, com alguma calma, uma pequena reflexão sobre a linguagem simbólica na Bíblia.
Para começar, vamos atribuir a cada evangelista o seu símbolo (no sentido dos ponteiros do relógio):
João –
águia

Lucas - touro
Mateus - anjo
Marcos - leão
A origem destes símbolos podemos encontrá-la em textos bíblicos do Antigo Testamento (Ezequiel 1, 5-12) e do Novo Testamento (Apocalipse 4, 6-16) por exemplo. Mais tarde os Padres da Igreja (escritores e teólogos dos primeiros séculos da Igreja) atribuíram aos evangelistas estes símbolos, de acordo com o tipo de linguagem e teologia de cada um.
Entrando agora com mais profundidade no tema, quando se fala de linguagem simbólica na Bíblia é frequente, mesmo entre os alunos, ouvir a pergunta “então isso quer dizer que o que está escrito na Bíblia é mentira?”. Isto vai levar-nos longe, mas vamos apelar para o “poder da Síntese”. Na verdade, as diferentes linguagens humanas (e a linguagem bíblica é também linguagem humana) trazem consigo vários significados, a que recorremos para compreender a realidade que nos rodeia. Por exemplo, se eu quiser dizer em hebraico “esta caneta é minha” terei de dizer “esta caneta existe para mim” porque no hebraico bíblico não existe a noção de posse como nós a entendemos hoje! Capisce? Ou seja, quando utilizamos a linguagem simbólica para falar da realidade que nos cerca não estamos a dizer mentiras, estamos sim a relacionar as coisas com a nossa vivência mais profunda. O termo símbolo (em grego symbolon) deriva do verbo symballéin, que significa “colocar junto” ou “confrontar” e indica uma realidade em que um sinal imediato remete para um sentido figurado ou existencial. Então o símbolo torna-se qualquer coisa que actualiza ou intui uma relação, que dá pleno significado às coisas e as torna “meta-físicas” e intemporais.
Quando falamos do MITO bíblico da Criação as coisas podem complicar-se (e não falo só simbolicamente). Desde logo pela utilização da palavra mito; o mito utiliza essencialmente a linguagem simbólica, que remete para um eterno retorno, para uma actualização dum acto primordial. Por isso não pensem que estou a dizer alguma heresia quando falo de MITO em relação a um determinado texto bíblico, porque com isso não quero dizer mentira ou história da carochinha. Em primeiro lugar, os textos bíblicos da Criação são textos simbólicos por excelência (inserindo-se e diferenciando-se, ao mesmo tempo, dos conceitos de criação do antigo Médio Oriente expressos, por exemplo, na Epopeia de Atra-Hasis ou Gilgamesh); em segundo lugar, isso quer dizer que não estão a narrar uma história factual ou científica, mas a afirmar, com uma linguagem própria, que tudo depende radicalmente de Deus, o que é uma coisa muito diferente. Dito de outra forma, “a CRIAÇÃO é um facto meta-científico: não tem significado para a ciência e dele não resulta nada que enriqueça a ciência como tal. Afirmar a criação é uma atitude correcta do ponto de vista filosófico e cheia de sentido religioso”. Ou seja, não se deve confundir cosmologia com criação (aliás, já S. Tomás no século XIII fazia esta distinção).
Um outro exemplo espectacular e largamente difundido pelo cinema é o da travessia do Mar Vermelho. Desde os Dez Mandamentos de Cecil B. DeMille até ao Príncipe do Egipto da DreamWorks que admiramos o esplendor e espectacularidade da abertura das águas, formando duas paredes colossais, para deixar passar os Hebreus. Coisa fantástica, sem dúvida, mas voltemos à realidade: não será este um episódio simbólico? Parece-me que sim. Isso significa mentira? Parece-me que não. Tentativa de explicação: na Bíblia o Mar significa frequentemente o lugar da hostilidade, do abismo e dos monstros marinhos, numa palavra, do mal. Ora abrir o mar significa que este é submisso a Deus; que Deus o pode secar para fazer passar Israel através dele e assim retirar ao mal o seu poder sobre os homens. E isto (linguagem simbólica) vale para tantos outros episódios que tão bem conhecemos, mas nem sempre interpretamos correctamente: a Árvore do conhecimento do Bem e do Mal, o Dilúvio, Caim e Abel, Torre de Babel, alguns milagres de Jesus, etc.
Conclusão: na experiência religiosa, o símbolo é uma forma privilegiada de conhecimento e experiência daquilo que não se pode expressar adequadamente por outras formas de aproximação.
E tudo isto a propósito do touro alado de S. Lucas. Há coisas transcendentes, irmão Artur, não há?!
Digam lá agora que não é uma coisa VERDADEIRAMENTE bonita isto da linguagem simbólica!!!

Para saber mais podem consultar:
Cristhos, Enciclopédia do Cristianismo (Verbo).
AA.VV., As origens do universo, da vida, do homem (UCP).
Jean CHEVALIER/A. GHEERBRANT, Dictionnaire des symboles (Robert Laffont/Jupiter).
(Imagem desviada da Internet: tetramorfo dos evangelistas)

domingo, 25 de maio de 2008

Olhai os lírios do campo...

Evangelho – Mt 6, 24-34 (8º. Domingo do Tempo Comum-Ano A)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam; mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo:‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’. Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Exames...



Quando se fala em exames...


a) dá-nos um ataque de nervos


b) estudamos que nem uns camelos


c) pensamos nas cábulas xD


d) dores de cabeça


e) "eu não acredito nisto!"


f) esqueçam lá o msn!!


g) uma semaninha inteirinha a marrar e depois:



Acabando os exames vem aquele tempo desesperante

de espera pelos resultados...


Adriana 9º.D
Inês 9º.B

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Às vezes uma imagem vale mais do que mil palavras.

(clicar na imagem para a aumentar)

Portugal é o país da União onde as desigualdades sociais são mais acentuadas (com tendência para piorar). Metaforicamente (ou não) isso significa que neste momento há mais gente a viver no lado esquerdo do que no lado direito da imagem! Atenção: esta é uma análise sem intenção política, mas se repararem bem, o centro praticamente não existe! Entretanto o povo vai-se alimentando (mal) e enganando com circenses, porque o panem vai-se tornando cada vez mais um produto de luxo e raro!!!
Quousque tandem...
(Imagem roubada ao Jumento).

terça-feira, 20 de maio de 2008

Ecos da exposição "Violência? Dá-lhe a volta."






















Depois da exposição sobre o tema da violência,
os alunos reflectiram e escreveram algumas das
frases que a seguir podem ler:



A violência só vai acabar
quando todos souberem perdoar.
(Nathalie 5ºB)

Violência não se deve ter
nem em casa nem na escola.
Se alguém nos irritar
não devemos bater, mas dialogar.
(Diana 5ºB)
Racismo também existe,
nisto que é a violência.
Mas nós somos todos diferentes,
Só não vê quem não tem inteligência.
(Bruno 5ºB)

Não vamos brigar,
vamos primeiro dialogar.
Vamos os nossos problemas resolver,
para que neste mundo haja melhor viver.
(Mariana Basto e Catarina Pedro 6ºD)


A violência não é solução,
vai pelo amor e pelo perdão.
(Filipe 6ºE)

O amor e o carinho dos outros
não se conquistam com violência,
mas antes com o amor, a paz e o perdão.
Se todos tivessem a coragem e a capacidade
para perdoar, seria mais fácil construir
uma escola melhor.
(Adriana 9ºD)

domingo, 18 de maio de 2008

Solenidade da Santíssima Trindade


Evangelho – João 3, 16-18

(7º Domingo do Tempo Comum-Ano A)

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».

sábado, 17 de maio de 2008

"Jesus no Secundário" (dedicada aos alunos do 9º. Ano que no próximo ano iniciam o Secundário)




Cabeças no Ar - Jesus No Secundário

Jesus falava aos doutores
E abria o seu coração
Gostava de futebol
Tinha até um pé-canhão

Às tantas pergunta um doutor
Com voz doce como o mel:
- qual é o reino maior
O do céu ou o de Israel?

Jesus ficou em silêncio
O que foi tido por matreiro
Fizeram queixa ao seu pai
Que era um pobre carpinteiro

E o pai disse meu filho
Dá a mão à palmatória
O maior reino da história
É o reino de Israel

Eles vão tomar-te de ponta
Toma isso bem em conta
Vai beijar-lhes o anel
E o pai disse: - meu filho

Ó Jesus Ó Jesus...

Jesus voltou aos doutores
E deu a sua explicação
Cujo teor analisado
Deu celeuma e discussão

Falava de patins em linha
E carros de rolamentos
Mas os doutores viram nela
Reparo aos testamentos

Teve falta de castigo
E foi tornado um exemplo
O reino dele era maior
Que o dos doutores do templo

E o pai disse meu filho
Dá a mão à palmatória
O maior reino da história
É o reino de Israel

Eles vão tomar-te de ponta
Toma isso bem em conta
Vai beijar-lhes o anel
E o pai disse: - meu filho

Ó Jesus Ó Jesus...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O País e o Mundo


Dia Internacional da Família: na segunda página do Público, em destaque "População portuguesa entrou em crescimento natural negativo. Em 2007 houve em Portugal mais mortes do que nascimentos". Com os apoios e incentivos dados pelo Estado, não admira. Foi você que perguntou o que era preciso fazer para que em Portugal nascessem mais crianças?! Vontade não deve faltar, mas quando se sabe que as "mulheres portuguesas são das que mais trabalham fora de casa na União Europeia, são mal pagas e, muitas vezes penalizadas por estarem grávidas" a pergunta deve ser devolvida à procedência e através dela aos responsáveis pelas políticas absurdas que temos.

Na Visão capa e Reportagem Especial sobre prostituição infantil no Brasil com testemunhos de crianças que se vendem desde os 9 anos de idade (é de bradar aos Céus!). Turistas portugueses, espanhóis e italianos são os principais clientes (tudo bons rapazes e brandos costumes).

Na Birmânia a corrupta e desumana Junta Militar continua a dificultar a ajuda às populações afectadas pela tragédia de dimensões bíblicas. Não se ouve a ONU, nem a União Europeia, nem os Estados Unidos e muito menos a China (também afectada por um terramoto). É a real politik no seu pior.

No Darfur é o que se sabe e um pouco por todo o mundo a fome continua a alastrar.

Apetece gritar, mas ninguém grita... Quo usque tandem abutere patientia nostra?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Amizade

Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou descobriu um tesouro. Nada se pode comparar a um amigo fiel e nada se iguala ao seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo. O que teme o Senhor terá também boas amizades, porque o seu amigo será semelhante a ele.

Ben-Sirá 6, 14-17

terça-feira, 13 de maio de 2008

Aspirai às coisas do Alto!

Igreja de S. Nicolau, Lisboa.
(Imagem pedida emprestada ao Jumento)

domingo, 11 de maio de 2008

O que é essa história dos Valores?


Para saberem vão ter de ler o texto que a seguir apresentamos e que foi gentil e magnificamente escrito e disponibilizado no nosso blogue pela Senhora Margarida Viegas, Encarregada de Educação do nosso Agrupamento (já há vários anos) e que sempre que pode se dedica a outras tarefas que ajudam a nossa escola a tornar-se melhor e mais consciente dos valores que procura transmitir a todos aqueles que participam no Acto Educativo (que somos todos nós, afinal). Desde já agradecemos à Senhora Margarida a sua atenção e a ajuda pela reflexão acerca deste tema tão importante. Bem-haja!

E o texto que nos interessa é o seguinte:

«Estamos sempre a ouvir falar deles, mas muitas vezes não sabemos exactamente do que se trata.
Em primeiro lugar não são algo que alguém inventou para nos “chatear”. Não! Os valores foram sendo criados pelo Homem (e não UM homem) para conseguir que todos os diferentes povos e culturas conseguissem viver em conjunto sem grandes choques. Quer isto dizer o quê? Há “verdades” que são aceites universalmente, ou seja, por toda a gente, independentemente do seu país, cultura, raça, religião, etc., como por exemplo:
Todos temos direito à vida.
Todos temos direito a viver com dignidade, a ter educação, ter acesso á saúde.
Todos temos o direito de ser respeitados,

…. e muitos outros. Estes são os valores universais, ou seja, os que são aceites por todo o mundo (ou quase, porque infelizmente, há quem não respeite, mas isso é outra conversa.)
Ora bem, assim como o Homem precisou de encontrar esses valores para que as diferentes culturas do mundo possam viver em conjunto (diz-se “coexistir” – acrescentem ao vosso dicionário), também nós, dentro da nossa comunidade, tivemos que encontrar valores que permitissem a coexistência (já sabem o que quer dizer) de pessoas tão diferentes, de uma forma harmoniosa e pacífica.
É impossível viver-se em comunidade (e, meus lindos, é assim que vivemos, quer queiramos, quer não….. não há como mudar isso…), sem respeitarmos esses valores. Eu diria mais, nenhum de nós gosta de ver violados esses valores, quanto mais não seja quando nos diz respeito (mesmo que nos estejamos a borrifar para os outros – e sei que não é o vosso caso).
Mas que valores são esses? São, alguns deles:
- o respeito pelo outro, seja ele magro, gordo, bonito, feio, branco ou amarelo, “cromo” ou não, “marrão” ou “calão” , pelas suas opiniões, pelas suas crenças, pela sua maneira de ser…..
- o respeito pela propriedade alheia, (dos outros, da escola)
- o respeito pela privacidade do outro (todos temos aquelas coisas que não queremos que sejam faladas pelos corredores, não é verdade? Então não falemos das coisas dos outros.)
- o respeito pelas regras (conseguem imaginar uma escola sem regras, uma casa sem regras, um país sem regras? Era o máximo? Enganam-se! Imaginem-se numa escola dessas….quem iria impedir que, por exemplo, vos agredissem, ou que boicotassem as aulas, ou que estragassem o material??. Acham que alguma escola sobrevivia?)
- o dever de não humilhar o outro
- o dever de ajudar o outro sempre que possível,
- o respeito pela liberdade do outro
(gente, este é daqueles que abrange quase tudo, até aquilo que muitas vezes consideramos que não tem muita importância…. Por exemplo, quando vocês perturbam uma aula….. é isso, estão a violar a liberdade dos vossos colegas. A liberdade de estarem atentos ou não. Vocês estão a impedi-los. Desculpem, é chato, mas é verdade. E vocês sabem disso. E estão a desrespeitar o(a) professor(a). Pois é. E isto é só um exemplo.)
Sabem o que vos digo? Eu podia estar aqui horas a falar deste e daquele valor. Mas vocês, bem lá dentro, sabem muito bem do que estamos a falar. E bem lá dentro, sabem que, se todos respeitassem os valores, a escola seria um local muito melhor. Não haveria alunos rejeitados, gozados, vítimas de agressões….. Não haveria professores á beira de um ataque de nervos, cansados, e desanimados….. o insucesso seria certamente muito menor.
E não pensem: eu, sozinho, não posso mudar nada.
Se a nota pensasse o mesmo, não havia música, se a palavra pensasse o mesmo, não haveria livros, se toda a gente pensasse assim…… Bom, não haveria nada.
A mudança parte de cada um de nós. E se eu respeitar o outro, certamente ele me respeitará mim. Se eu o ajudar, ele me ajudará… etc.etc.etc.
Vamos nessa, vamos mudar, vamos mudar a nossa escola!»
Margarida Viegas

Vinde, ó Espírito Santo...

Evangelho – João 20, 19-23 (Solenidade de Pentecostes)
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».

(Imagem: Pentecostes, Grão Vasco).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Israel: 60 Anos

YOM HÁ'ATZMAUT: Dia da Independência de Israel
(14 de Maio de 1948/5 Iyar de 5708). Antecipado, este ano, por calhar em dia Shabat.

(Foto Robert Capa/Magnum)


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Semana do Departamento de Ciências Sociais e Humanas (História, Geografia e EMRC)


Decorre entre 5 e 9 de Maio a Semana do Departamento de C.S.H. O tema escolhido para este ano são os Distritos de Portugal e Regiões Autónomas. Entre as várias actividades e exposições é já da tradição o Departamento oferecer um pequeno (mas apetitoso) lanche em que pontifica a gastronomia típica das várias regiões do país. É um momento de convívio e cultura para relaxar e esquecer um pouco algumas agruras desta (cada vez mais) difícil vida de professor. Que seja de bom proveito e esperemos que o Garfield não apareça por lá.
Para descontrair deixo aqui um silogismo dos Ensaios de Montaigne sobre o presunto:
"O presunto faz beber, o beber mata a sede, portanto o presunto mata a sede".
Até amanhã, ao lanche.

terça-feira, 6 de maio de 2008

DESABAFO SEM OFENSA E EM FORMA DE ORAÇÃO

" SENHOR, dai-me sabedoria e paciência para compreender alguns alunos,
porque se me dais força, parto-lhes a cara."

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Maio de 68 e a Igreja Católica


Uma parte dum artigo do quotidiano
la croix sobre as influências do Maio de 68 na Igreja Católica (vai na língua original, em francês, afinal de contas foi no Quartier Latin entre a Sorbonne, o "Boul'Miche" e o B. Saint Germain que as coisas começaram a sério).

Mai 68, une "révolution" silencieuse dans l'Eglise.
Dans les années 1960, le Concile permet à l'Église d'entamer son "aggiornamento" et son dialogue avec le monde. Le mouvement de contestation de Mai 68 va accélérer certains changements.


Vatican II s’achève le 8 décembre 1965. À quatre reprises, à raison d’une session par an, les évêques du monde entier s’étaient réunis à Rome pour jeter les bases de ce que Jean XXIII avait appelé l’aggiornamento – la mise à jour – de l’Église catholique. Nombre de fidèles et de prêtres croient alors à une possibilité inédite d’innover, de sortir l’Église de ses impasses et de ses rigidités. Immense espoir !La société se trouve être à ce moment-là en pleine mutation culturelle et sociale. Une mutation qui affecte aussi l’Église, et les chrétiens. En octobre 1966, le jésuite François Roustang, alors rédacteur en chef de la revue Christus, explique qu’un « troisième homme » – ni conservateur ni réformiste – est en train de naître, un homme pour qui le langage de l’Église ne fait plus écho dans sa vie. « Si l’on n’y prend garde, si l’on se refuse à voir l’évidence, le détachement de l’Église qui est largement commencé ira en s’accentuant », écrit-il.Le tiers-mondisme et la guerre du Vietnam conduisent par ailleurs à l’émergence d’un gauchisme chrétien. En mars 1968 se tient ainsi à Paris un colloque sur le thème « Christianisme et révolution ». Signé par huit groupements catholiques et protestants, le communiqué final déclare : « Nous ne sommes pas sans savoir que cette révolution implique une remise en cause du christianisme dans ses formes de pensée, d’expression et d’action. »Dans ce contexte, le mois de mai, sur lequel souffle un grand vent de contestation et de prise de parole, est vécu par nombre d’étudiants chrétiens comme une expérience libératrice. Pour eux, comme pour les adultes affirmant leur solidarité avec les étudiants et les ouvriers, il convient de demander aussi des changements dans l’Église. « La présence des chrétiens à la révolution suppose et requiert la présence de la révolution à l’Église, à ses modes de vie et à ses habitudes de pensées, dans leur expression tant collectives qu’individuelles », lit-on dans l’« Appel aux chrétiens » signé par quatorze personnalités et publié le 21 mai dans Témoignage chrétien.
L’Église « peuple de Dieu », telle que définie par le Concile, est ainsi mise au pied du mur.

domingo, 4 de maio de 2008

Dia da Mãe




Para todas as Mães!




Salvé, ó Mulher que geras a vida,
Sempre bendita sejas Mãe amada.
Nobre missão por Deus concedida,
Das mais dignas que a ti foi dada.

Neste Dia da Mãe, oh! Dia tão lindo
Para ti o meu preito de homenagem;
Possas cantar em cada filho sorrindo
Alegrias de Mãe santa, Mãe coragem.

Mãe jovem ou Mãe pelos anos curvada
Nunca importa a tua idade, Mãe querida.
Tu serás eternamente a Mulher lembrada
Que faz do ventre um santuário da Vida!

Mil flores coloridas desçam do Infinito
Para este teu Dia de perfume embelezar.
À mãe do Céu voa nas asas do meu grito,
Uma prece por ti, Mãe, para te abençoar!

(Do boletim paroquial)

E Eu estarei sempre convosco, até ao fim dos tempos (Mt 28, 20)

Solenidade da Ascensão do Senhor
7º Domingo da Páscoa (Ano A)

Actos 1,1-11

No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «do Qual», disse Ele, Me ouvistes falar. Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?» Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco,que disseram:«Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

sábado, 3 de maio de 2008

Banco Alimentar contra a Fome

Campanha de recolha de alimentos no fim-de-semana de 3 e 4 de Maio

"O Banco Alimentar contra a fome precisa do herói que há em si".


"ALIMENTE ESTA IDEIA"

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Bom Fim-de-Semana

Como este fim-de-semana se pôs a jeito para uma ponte luminosa (excepto para professores, claro) deixo aqui um conselho de amigo e de prudência:


SE CONDUZIR NÃO BEBA

quinta-feira, 1 de maio de 2008

«Homens da Galileia porque estais assim a olhar para o céu?»


Ascensão do Senhor (Quinta-Feira da Espiga); São José, Operário (Dia do Trabalhador).
Como já referiu o meu colega Artur, nós por cá (Concelho de Mafra) este ano tivemos azar; já não bastam os feriados ao fim-de-semana, este ano o nosso feriado municipal tinha logo de calhar no dia do feriado nacional. Como se isso não fosse suficiente, este ano é ainda bissexto...
A Igreja Católica reserva a liturgia do dia de hoje para a celebração de S. José, na sua condição de operário, "associando-se" assim a todos os que trabalham para angariarem o próprio sustento e o das suas famílias.
A Igreja Anglicana celebra hoje a Ascensão do Senhor, precisamente quarenta dias depois da Páscoa ( o tempo que Jesus esteve com os Apóstolos depois da Ressurreição) Na Igreja Católica esta festa passa para o Domingo seguinte.
Quando leio as palavras que foram dirigidas aos homens da Galileia que olhavam para o céu (Act 1, 11) lembro-me muitas vezes do bom papa João XXIII, que "apontava o céu e mostrava a terra; que semeava na alma dos próprios laicos o trigo da santidade". É isso mesmo, não basta olhar para o céu; é preciso ir ao encontro dos outros, dar no mundo razões da nossa esperança, sabendo que Ele estará sempre connosco. Para que ninguém olhe para nós e diga que acreditamos sem fé.
Imagem do sítio AcrossTheBible (Dinamarca).

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Serenidade

__ Qual é o segredo da sua serenidade?
E o Mestre disse:
__ A irrestrita cooperação com o inevitável.

(A. de Mello, Verdades de um minuto)

domingo, 27 de abril de 2008

Exposição (Violência? Dá-lhe a volta...)


Segunda-feira (28 de Abril) conforme o plano de actividades de EMRC, vai estar patente no átrio da escola uma exposição sobre a violência; o tema é tratado a partir de textos bíblicos e levanta questões que englobam a relação entre violência, religião, intolerância, poder e xenofobia. Espero que seja uma oportunidade para se falar do tema e tentar reflectir sobre atitudes que podem ou não levar à violência. Penso que todos podem aproveitar, pois para lá das referências bíblicas o tema pode ser abordado de muitas formas. Visitem-na com olhos de Paz. Deixo aqui o belo hino da Paz de S. Francisco de Assis, que pode ser um ponto de partida e continua mais actual do que nunca:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Não vos deixarei órfãos

Evangelho – João 14, 15-21 (Sexto Domingo da Páscoa)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor,
para estar sempre convosco:
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis,
porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá,
mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai
e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre,
esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai
e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».

sábado, 26 de abril de 2008

Este é um blogue com preocupações sociais.




Arranja-me um Emprego

Tu precisas tanto de amor e de sossego
- Eu preciso dum emprego
Se mo arranjares eu dou-te o que é preciso
- Por exemplo o Paraíso
Ando ao Deus-dará, perdido nestas ruas
Vou ser mais sincero, sinto que ando às arrecuas
Preciso de galgar as escadas do sucesso
E por isso é que eu te peço
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Se meto os pés para dentro, a partir de agora
Eu meto-os para fora
Se dizia o que penso, eu posso estar atento
E pensar para dentro
Se queres que seja duro, muito bem eu serei duro
Se queres que seja doce, serei doce, ai isso juro
Eu quero é ser o tal
E como o tal reconhecido
Assim, digo-te ao ouvido
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Sabendo que as minhas intenções são das mais sérias
Partamos para férias
Mas para ter férias é preciso ter emprego
- Espera aí que eu já lá chego
Agora pensa numa casa com o mar ali ao pé
E nós os dois a brindarmos com rosé
Esqueço-me de tudo com um pôr-do-sol assim
- Chega aqui ao pé de mim
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego
Se eu mandasse neles, os teus trabalhadores
Seriam uns amores
Greves era só das seis e meia às sete
Em frente ao cacetete
Primeiro de Maio só de quinze em quinze anos
Feriado em Abril só no dia dos enganos
Reivindicações quanto baste mas non tropo
- Anda beber mais um copo
Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego...

Sérgio Godinho

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Deixem passar...



Como já sabem este blogue é dos alunos do 9º Ano de EMRC, contudo esqueci-me de referir que é também do professor, no sentido em que o que aqui se publica diz respeito tanto aos alunos como ao professor na sua interacção educativa. Vem isto a propósito do poema que a seguir dedico (como nota pessoal) ao professor e meu amigo Artur (da nossa Escola) para que sinta que a Amizade e a Fraternidade não são palavras vãs, principalmente nos momentos mais difíceis. E este blogue deve fazer ponto de honra desses valores:


SANTO E SENHA


Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar
Quem vai cheio de noite e de luar.
Deixem passar e não lhe digam nada.

Deixem, que vai apenas
Beber água de sonho a qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe, ali defronte.

Vem da terra de todos, onde mora
E onde volta depois de amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora

Que vai cheio de noite e solidão.
Que vai ser
Uma estrela no chão.

Miguel Torga, Diário I.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conversa amena sobre Miguel Torga com o 8ºE




Hoje estive com a malta do 8º E a falar sobre Miguel Torga. O convite foi-me dirigido pela fantástica professora e minha amiga Maria João Silvestre; como devem calcular fiquei surpreendido e assustado, mas também senti uma grande responsabilidade, pois a minha sabedoria (?) ao pé da sapiência da professora Maria João é como comparar o Mestre Iluminado com o discípulo iniciado. Por outro lado quando se trata de falar com os alunos sobre aquilo de que gostamos, não só temos o dever, como a extraordinária oportunidade e privilégio de os incentivar a conhecer tudo o que merece a pena e em que acreditamos. Não sei se foi o caso ou se o consegui, mas o que é certo é que aquele pessoal, além de ser simpático, até tem alguma curiosidade em descobrir novos caminhos e ir mais além. Espero que tenham a curiosidade suficiente para saber que um escritor pode ser uma extraordinária voz fraterna. Assim acredito que é o caso de Torga. Gostaria de ter o dom da palavra mais aperfeiçoado para melhor o ter transmitido, mas Moisés também não falava muito bem e mesmo assim Deus escolheu-o para ir falar ao faraó e libertar o seu Povo do Egipto (coisa que até fez relativamente bem). Que querem?! A professora não conseguiu arranjar outra pessoa disponível para aquela hora! Como me ofereceram este poema "Brinquedo" do Diário I, assinado por todos e numa folha tão bonita (clicar na imagem para a aumentar) desta vez vou abrir uma excepção e perdoar o "cachet" de 50 mil euros que tinha combinado com a professora Maria João (que sabe escolher e recitar poemas magistralmente). Muito obrigado a todos pela simpatia e paciência e pelo voto de confiança. Ad multos annos e não se esqueçam: "pelo sonho é que vamos"...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Da Educação







A jovem mãe perguntou quando deveria iniciar
a educação da sua filha.
_ Quantos anos tem ela? _ Perguntou o Mestre.
_ Cinco.
_ Cinco?! Corra para casa. Já está cinco anos
atrasada.

(Anthony de Mello, Verdades de um minuto)

domingo, 20 de abril de 2008

Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

Evangelho – João 14, 1-12 (Quinto Domingo da Páscoa)*

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos um lugar e virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse- Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?»Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará ainda maiores que estas, porque Eu vou para o Pai».


* Na Paróquia da Venda do Pinheiro,
Celebração Eucarística em Louvor de
Nossa Senhora das Misericórdias pelos
5 Anos da Santa Casa da Misericórdia
da Venda do Pinheiro (S.C.M.V.P.)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

AcrossTheBible


Na sexta-feira passada os alunos do 9º ano (EMRC) participaram numa actividade intitulada "AcrossTheBible", dinamizada pela professora Teresa Fernandes da escola Secundária D. Dinis.
"O projecto internacional AcrossTheBible teve origem na Dinamarca com o fim de levar alunos europeus a reproduzirem, em inglês, as grandes linhas de força da Bíblia em texto e em desenho. Tem por fonte de inspiração plástica uma colecção de pinturas modernas do artista dinamarquês Edward Jensen que, em traços simples, reproduzem as narrativas centrais da Bíblia reconstituindo o seu tema central". Assim, a professora Teresa, representante do projecto AcrossTheBible - Portugal, deslocou-se à nossa escola (a convite da professora Conceição Berrad e do professor de EMRC) para contar e dramatizar com os alunos a passagem bíblica dos "discípulos de Emaús" (sempre em Inglês) - Luke 24, 13-35. De início ficaram um pouco surpreendidos (por causa do Inglês - era surpresa!) mas depressa interagiram com a nossa "contadora" e se deixaram entusiasmar com a sua eloquência. No final, e como sempre, fizeram desenhos sobre aquilo que ouviram. Se for possível publicaremos aqui alguns desses desenhos, que até nem ficaram nada mal, dado o pouco tempo disponível para realizar esta interessante actividade. Muito obrigado e parabéns a todos os alunos que participaram e, muito especialmente, à professora Teresa.
Se quiserem saber mais sobre este projecto, cliquem aqui.

O discreto charme da morte.

Coloco aqui, e a seguir, um artigo de Vasco Pulido Valente (Público) porque me parece que uma sociedade com tanto medo e vergonha da morte é uma sociedade que, provavelmente, não está a viver bem ou que deixou de olhar para a vida como um lugar do sagrado. Julguem por vós próprios.
POMPAS FÚNEBRES

«Como qualquer arqueólogo sabe, a maneira como se tratam os mortos diz muito sobre os vivos. Já aqui falei do fascínio da cultura da imortalidade em que vivemos, pela visão crua do cadáver: um fascínio em princípio absurdo, mas no fundo inteiramente lógico. Agora aparece em Portugal, como um eco deformado e distante de Evelyn Waugh, o enterro de luxo. O primeiro serviço abriu em Elvas (para explorar o mercado espanhol) e é anunciado como um hotel de cinco estrelas, num panfleto que o DN publicou. O "complexo" da Servitur (nome da empresa) é um "espaço" rico e agradável, "onde predominam os sofás de pele e o interior de madeira" e que oferece confortos como lojas (de quê, meu Deus?), telefone, computadores, ligação à Internet e, principalmente, ecrãs de plasma (suponho que para o CSI e a A Patologista). Cá fora, uma paisagem "arranjada", com oliveiras, pequenas pedras brancas, espelhos de água, relva muito verde e "um horizonte natural a perder de vista", traz "tranquilidade e paz". Melhor ainda: as crianças têm um sala especial com televisão, legos, PlayStation e "pinturas".
Tudo isto se destina, como nota argutamente o director da Servitur, a atrair a família e os conhecimentos do "ente querido". O velório deixa de ser uma maçada e passa a ser uma festa. Pena que a Servitur não forneça também um restaurante e quartos. Se fornecesse, a morte de um "ente querido" começava com certeza a entrar no calendário social. Tanto mais que a Servitur pensou, e pensou bem, que as pessoas, não o querem aturar - ao morto, como é óbvio. Neste admirável arranjo "funerário", "o caixão nunca se cruza com os presentes", cujo convívio por isso não perturba. Circula para a capela e o crematório por "um corredor de apoio", estritamente reservado a funcionários. Mesmo no velório, o morto fica numa sala discreta, "climatizada" a cinco graus centígrados e com paredes de vidro, onde a assistência só entra se lhe apetecer. E na Sala da Última Despedida, a do crematório, um vidro "fosco" põe a operação numa discreta penumbra. Nada deve abalar o repouso dos vivos. Apenas, para almas de uma delicadeza rara ou de irreprimível inclinação turística, a Servitur fabrica diamantes com os cabelos do "ente querido" em várias cores de requintado gosto (âmbar, amarelo canário, verde e azul). Com esta extraordinária sofisticação, a Servitur transformou a morte - pelo menos, do próximo - num acontecimento banal. A morte da Servitur é o retrato da dessacralização da vida.»
V.P.V., Público - 12.04.08.

domingo, 13 de abril de 2008

O Bom Pastor



Evangelho - João 10, 1-10 (Quarto Domingo da Páscoa)

Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador.Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. 0 porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».
Imagem: O Bom Pastor, Catacumbas de Stª. Priscila (Roma, sécs. II-III E. C.).

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Divórcio Simplex

Eu não queria parecer cínico, mas esta modernice do "divórcio na hora" pode mesmo ser uma questão de vida ou morte para as "partes mais frágeis".

quinta-feira, 10 de abril de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

A Páscoa



Olá, eu sou a Débora e gostaria de partilhar convosco um bocadinho da minha experiência no Caminho Neocatecumenal. Se quiserem saber mais acerca deste movimento podem ver aqui e, ainda, aqui.
Como ainda estamos no tempo pascal, vou explicar brevemente a origem e significado da Páscoa, bem como as letras de dois cânticos entoados na Vigília Pascal:

Há muitos anos atrás, o povo de Israel saiu do Egipto, atravessou o deserto e Moisés abriu o Mar Vermelho, para que este povo, o eleito do Senhor, pudesse fugir dos egípcios, que os escravizavam; este povo desiludiu o Senhor inúmeras vezes, mas Ele sempre os amparou e lhes deu mais uma oportunidade. Como tal, fez com que este povo entrasse na Terra Prometida, um desejo de um povo tão escravizado.
Foi com esta saída do Egipto e passagem do Mar Vermelho, que nasceu a Páscoa, ainda hoje celebrada, por este motivo, pelo povo judaico.
Páscoa significa, para os israelitas, exactamente isso: passagem. Passagem da escravatura para a liberdade, da tristeza para a alegria.
E todos os acontecimentos vividos pelo povo de Israel são retratados num cântico chamado "Dajenu", cântico este que é cantado na Vigília Pascal, relembrando as maravilhas deste grande acontecimento.


DAJENU


DE QUANTOS BENS NOS ENCHEU O SENHOR (4x)

Se Cristo nos tivesse feito sair do Egipto,
e não tivesse feito justiça contra o Faraó.


ISSO NOS TERIA BASTADO, NOS TERIA BASTADO,
DAJENU, DAJENU, DAJENU.

(...)
Se nos tivesse aberto o mar
e não tivesse afundado os nossos opressores


ISSO NOS TERIA...

(...)
Se nos tivesse aberto um caminho no deserto
e não nos tivesse alimentado com o pão da vida.


ISSO NOS TERIA...

(...)
Tanto mais devemos dar graças ao Senhor. (4x)
Que nos fez sair do Egipto. (bis)
Que fez justiça contra o Faraó.
Que nos libertou de todos os inimigos.
Que nos entregou as suas riquezas.
Que abriu o Mar para nós.
Que afundou os nossos opressores.
Que nos abriu um caminho no deserto.
Que nos alimentou com o pão da vida.
Que nos deu o dia do Senhor.
Que nos deu a nova aliança.
Que nos fez entrar na Igreja.
Que construiu em nós o seu templo
e encheu-o do seu Santo Espírito
no perdão dos pecados.
Cristo nossa Páscoa está ressuscitado (4x)
Aleluia, Aleluia. (bis)
Aleluia, Aleluia, Aleluia. (4x)

Como se diz no final do Cântico, é a Ressurreição de Cristo que dá um novo sentido à palavra Páscoa. Passou a significar passagem da morte para a vida, não só da morte espiritual, mas também da morte corpórea. É esta boa-nova que com alegria anunciamos, que Cristo, que nasceu da Virgem Maria, sem pecado original, que foi condenado e crucificado, que foi anunciado por profetas, durante muitas gerações e veio ao mundo para que tudo o que estava nas Escrituras se cumprisse Nele, RESSUSCITOU de entre os mortos, para dar a vida aos pecadores e oprimidos. Para dar a vida a cada um de nós.
Em Cristo, a morte foi vencida e isto é a nossa Páscoa.
O cântico seguinte mostra a alegria dos cristãos pela Festa da Ressurreição de Cristo.


RESSUSCITOU


RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, ALELUIA.
ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, RESSUSCITOU.

A morte,
onde está a morte?
Onde está a minha morte?
Onde a sua vitória?

RESSUSCITOU...

(...)
Alegria.
Alegria, irmãos,
que se hoje nos amamos
é porque ressuscitou.

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA. RESSUSCITOU.
RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, RESSUSCITOU, ALELUIA.

Débora Baltasar, 9º D, nº 3.

domingo, 6 de abril de 2008

Fica connosco, Senhor, porque anoitece.


Evangelho - Lucas 24, 13-35 (Terceiro Domingo da Páscoa)

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.