quarta-feira, 2 de abril de 2008

Karol Wojtyla (Wadowice 18.05.1920 - Vaticano 02.04.2005)


Lolek, Karol Wojtyla, João Paulo II - três nomes, uma mesma pessoa. De nacionalidade polaca, eleito papa em 16 de Outubro de 1978, inicia solenemente o seu pontificado com as célebres palavras «Não tenham medo».
Globe-trotter de Deus, percorre o mundo inteiro passando por cerca de 130 países (6,4 % do tempo do seu pontificado em viagens - três vezes a distância entre a Terra e a Lua) pronunciando mais de 3200 discursos (15 milhões de palavras).
A vitalidade, o carisma e a habilidade do novo papa diante das câmaras fascinam a imprensa; na altura escreve-se no Le Monde «o papa tornou-se a vedeta do momento. Rei, presidente, cantor de rock, ídolo dos estádios, estrela de Hollywood: ninguém ousa rivalizar com ele». The Economist comenta «tal magnetismo é poder». Alvo de um atentado em Roma a 13 de Maio de 1981, salva-se graças a uma menina (Sara Bartoli) que segurava nos braços; inclinando-se para a devolver à sua mãe, os tiros que recebeu não atingiram orgãos vitais. Mais tarde atribuirá a sua salvação à Virgem de Fátima, oferecendo uma das balas que o atingiram ao Santuáro de Fátima, depois colocada na coroa de Nossa Senhora, por quem tinha grande devoção (Totus tuus). O autor do atentado foi Ali Agca a quem o papa visitou na prisão, perdoando-lhe o seu acto. Os jovens eram uma das suas paixões e preocupações. Já perto do final da sua vida era nas Jornadas Mundiais da Juventude que encontrava alento e alívio para as dores físicas que, visivelmente, o atingiam e enfraqueciam. Os jovens correspondiam ao seu apelo e sempre acorreram às centenas de milhar a estes encontros especiais com o papa, em diferentes cidades do mundo. Foi sem dúvida um papa controverso, mas não deixou ninguém indiferente.
Em 1985 na Carta Apostólica aos Jovens, por ocasião do Ano Internacional da Juventude escreve:
«O trabalho característico do tempo da juventude, constitui, primeiro que tudo, uma preparação para o trabalho da idade adulta, e por isso anda ligado à escola. Por isso, ao escrever-vos estas palavras, a vós jovens, penso em todas as escolas existentes em qualquer latitude no mundo, às quais a vossa jovem existência está ligada durante vários anos, sucessivamente em diversos níveis, de acordo com o grau do desenvolvimento mental e com a orientação das inclinações: desde as escolas elementares até às universidades. Penso também em todas as pessoas adultas, meus irmãos e irmãs, que são os professores, educadores e orientadores das vossas mentes e caracteres juvenis. Como é grande a sua nobre tarefa! E que responsabilidade particular lhes incumbe! Mas como é grande também o seu mérito!»
Destaquei esta última frase porque, hoje em dia e na minha opinião, há por aí algumas pessoas a quem não faria mal nenhum ler e reflectir sobre estas palavras.
«NÃO TENHAM MEDO».
Foto: Le Point.

1 comentário:

Jack Duarte disse...

Gostei muito de ler as palavras, que desconhecia, do papa João Paulo IIi acerca da escola. Aconchegaram-me e "iluminarram-me"...
Obrigada!

Jacqueline